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Torcedor mirim atletiba - Luiz Gustavo

  • Luis Felipe
  • 18 de fev. de 2017
  • 4 min de leitura

Paixões não tem explicação, e quando o assunto é futebol, nada se explica mesmo. O coração manda a lógica para escanteio. Essa lição, o Luiz Gustavo, apesar da pouca idade, já sabe muito bem! Com um pai torcedor do Coritiba e a mãe torcedora do Atlético, Luiz, logicamente, teria que fazer uma escolha: alviverde ou rubro-negro. Hm, Será?


Foto: Atlético ou Coritiba? Crédito: Luis Felipe Sanzovo

Então, antes de falar da escolha do Luiz Gustavo, 5 anos, é preciso explicar como começou a relação dos pais dele com o futebol. João Gustavo Hass, 25 anos, pai do Luiz, com uma família toda de torcedores do Coritiba, não demorou muito para encontrar o time de coração. "Já nasci nesse meio, porque meu pai a vida inteira foi coxa-branca, meus avós também eram. Tudo do Coxa, que tinha da época, eu tinha", João Hass, explicando sobre como começou a torcer para o Coritiba.


Desde os jogos com o pai, na infância, até hoje, a paixão pelo Coxa só cresceu. Uma curiosidade dessa relação é que existe um grupo na cidade de Araucária-PR que o João e o pai dele fazem parte. Esse grupo se reúne e vai para os jogos do Coritiba. "No ano, talvez, dá para contar nos dedos os jogos que não vou", nos conta João.


E ela rendeu boas histórias, desde madrugar na fila no estádio, para poder comprar ingressos. "Eu já dormi três vezes embaixo do estádio para comprar ingressos, para finais na Baixada (Estádio do Atlético Paranaense, maior rival do clube alviverde). Cada dormida era uma aventura".


Alguns jogos inesquecíveis não saem da cabeça do torcedor João: "Em 1999, no primeiro jogo das finais do Campeonato Paranaense, clássico Paratiba, eu estava atrás do gol e vi o gol de voleio do Cleber Arado (artilheiro e campeão estadual naquele ano). Aquilo me marcou de uma maneira espetacular. E a final de 2004, a primeira final como visitante que eu fui, eu tinha 12 anos. Me marcou muito essa final. O Coritiba sendo campeão no estádio do Atlético". João, nos conta, que ainda guarda o ingresso daquela partida. O jogo terminou em 3 a 3 e garantiu o 32º título estadual ao Coritiba, que havia vencido por 2 a 1 na primeira partida da final.

Foto: Luiz com o pai. O lado coxa-branca. Créditos: Luis Felipe Sanzovo


Mãe atleticana


Já deu para ver que o pai do Luiz, representou bem o Coritiba, mas e a mãe? Ah, a Monike Taborda, 23 anos, "empata" o Atletiba. Monike nasceu em uma família atleticana, porém enfrentou algumas barreiras. A mãe dela não aceitava muito a relação da filha com o futebol. "Meu pai comprava roupas (do Atlético) escondido, mas a minha mãe não deixava usar, era bem complicado", nos conta Monike.


Quando ficou mais velha, as coisas foram ficando mais fáceis. Monike começou ir aos jogos, fez amizades na torcida. "Todo final de semana é dia de ir pro jogo. Saía de casa cedo, ficava lá no estádio e é assim até hoje". Também faz parte de um grupo, o Mulheres Atleticanas. O grupo promove ações, junto com o time, e faz arrecadações para ações solidárias.


E de todas as lembranças que tem com o time, uma é muito especial: a final do Atletiba de 2016. "Foi a primeira vez que eu levei ele (Luiz) em uma torcida visitante. A primeira vez que estive em uma torcida visitante, numa final de campeonato e ainda no Dia das Mães", ela ressalta. Um dia perfeito para mãe e filho, que terminou com o Atlético sendo campeão estadual!

Foto: Monike e o filho. A representante do Atlético na família. Créditos: Luis Felipe Sanzovo


Luiz Atletiba


E quando essas duas histórias se encontraram, por um capricho do destino não foi em um estádio, em nenhuma circunstância envolvendo futebol. Foi na igreja! João conheceu a Monike e dali surgia uma bela história de amor. Mas, quando o assunto era futebol... "No começo a gente até discutia por causa de futebol. Nossos amigos falavam: vocês dois juntos não dá, vocês são muito opostos, na questão do futebol", lembra Monike.


O tempo passou. E hoje a rivalidade é bem mais tranquila. "Se fosse os dois do mesmo time, acho que não iria dar certo", diz a mãe do Luiz. Dessa união, veio o Luiz. E o time dele? Luiz, escolheu os dois, simples assim. "Desde que ele estava na minha barriga, ele ganha roupas dos dois times. E nunca forçamos ele escolher um dos times".


E assim é até hoje. Luiz vai aos jogos do Atlético com a mãe e os do Coxa com o pai. Dois times, o dobro de histórias e lembranças. E quando o assunto foram os jogos, o Luiz foi rápido: "eu gostei mais do Coxa contra o Sport-PE, que foi em 2016, que o Coritiba ganhou por 3 a 2 e do empate contra o Flamengo, que o Atlético foi para a Libertadores", nos conta Luiz Gustavo.

Vídeo: Um pouco da história do Luiz Gustavo. Créditos: Luis Felipe Sanzovo


O futebol é uma das coisas que o Luiz mais gosta, seja jogando ou assistindo. Acompanha as escalações da dupla. "A gente comprou um álbum de figurinhas do campeonato brasileiro passado e ele viveu aquele álbum. O tempo todo com as figurinhas, vendo os times e nomes de jogadores. As primeiras palavras que ele aprendeu a escrever, foram os nomes do Atlético e do Coxa", contam os pais do Luiz.


O sonho do Luiz é ser goleiro, assim como um dos seus ídolos: o Weverton. Nikão e Kléber Gladiador completam a lista. Luiz, faz escolinha de futebol no Paraná Clube. O pequeno já é figura conhecida dos jogadores, entrou em campo como mascotinho, por cinco vezes, pela dupla atletiba.


No aniversário dele um presentão! Uma parte do dia no CT do Atlético com os jogadores e depois na festa de aniversário com a presença do Vô Coxa. Uma bela história que mostra como o futebol é inexplicável. No qual, dois rivais estão no mesmo lugar: o coração do "Luiz Atletiba".


Gostou da história do Luiz Gustavo com o Atlético e o Coritiba? Conhece uma história de um torcedor mirim? Envia para a gente que vamos contar ela aqui no blog!

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