Família Coxa - Santos
- Luis Felipe
- 27 de mai. de 2017
- 4 min de leitura
Família, amigos e identificação são apenas alguns de muitos fatores que influenciam na escolha de um time de futebol. A história do Eder Santos, 31 anos, com o Coritiba reúne dois deles. Um amor que começou com o pai dele, teve os capítulos mais bonitos e emocionantes com os amigos. Agora passou para os filhos.

Foto: Eder, Franciele (esposa), Heloise (5 anos) e o Daniel. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
A história do Eder com o Coxa, teve início com o pai, mas de uma forma diferente. Eder perdeu o pai cedo, quando tinha 5 anos, então recebeu o amor pelo Coritiba, por herança. "Meu pai morreu bem cedo, eu tinha uns 5 anos. Minha Vó falou que ele torcia para o Coxa. Ele me deixou uma camisetinha do Coritiba, começou aí", conta Eder.
Mas, foi na escola, que essa relação, com o time, ficou mais forte. "No colégio, tinha uns amigos que me convidavam para ir ao estádio. Desde a sexta série, a gente começou a ir pro estádio", diz.
E logo vieram os jogos, lembranças e histórias com o Coritiba. Uma delas foi o primeiro jogo, com direito a vitória do Coxa e ver uma lenda do futebol em campo. "Primeiro jogo que fui, foi contra o Fluminense e o Edmundo jogava ainda. Isso foi muito marcante", lembra Eder. A partida terminou em 2x0 para o Coritiba. Os gols do Coxa foram marcados por Tuta e Aristizabal.
Porém, houve momentos tristes. Um deles, outra partida contra o Fluminense, mas que terminou com o rebaixamento da equipe alviverde, em 2009. O Coxa precisava da vitória para permanecer na primeira divisão, mas empatou em 1 a 1. "Eu estava lá, fui com o pessoal da faculdade e consegui sair antes da confusão", lembra. Da tristeza para alegria. "Em 2010, fui com a minha esposa e um amigo, ver o Atletiba. O Coxa ganhou de 2 a 0 do Atlético e foi campeão paranaense", conta. Partida que aconteceu na sexta rodada da segunda fase do Campeonato Paranaense. Com o resultado o Coritiba foi campeão com uma rodada de antecedência.

Foto: Incentivo que vem de berço. Um dos presentes do Eder para os filhos. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Após a 34ª taça do Coritiba, no Paranaense, quase que o Eder teve mais uma alegria, em 2011. "Teve o jogo da Copa do Brasil contra o Ceará. O Coxa venceu com um gol aos 30 do segundo tempo. Foi muito massa! O resultado que nos classificou para a final da Copa do Brasil de 2011", lembra entusiasmado com o desempenho da equipe naquele ano.
As finais foram contra o Vasco. A equipe carioca venceu o primeiro jogo por 1 a 0, no São Januário (RJ). E na segunda, vitória do Coxa por 3 a 2, no Couto Pereira, mas que deu o título para o Vasco, pelo critério de gol fora de casa.
Mais um título e, também, a emoção no Rio Grande do Sul. "Em 2012, a vitória do Coxa por 4 a 2 contra o Atlético, no Campeonato Paranaense". Resultado que deu como campeão a equipe alviverde. "E um lá no estádio do Grêmio, que foi muito emocionante. O Coxa ganhou por 1 a 0. Eu estava lá com uns amigos do restaurante. A gente nem acreditava. Nós decolamos e a aeromoça falou: 'Parabéns ao Coritiba, que está voltando com três pontos na bagagem' - a galera comemorou demais", lembra feliz. Partida que aconteceu em 2013, pelo Campeonato Brasileiro.
Família Coxa
A paixão passou do pai para os filhos. "Minha filha, desde que estava na barriga já tinha tiptopzinho e tudo do Coritiba", conta Eder, sobre o incentivo aos filhos. "Eu vou incentivar, se depois quando eles crescerem, não quiserem ser, fazer o que né", diz Eder. Não demorou muito e Eder ganhou mais uma parceira para ver os jogos do Coxa. "Minha filhinha gosta bastante, ela torce comigo, quando a gente tá ouvindo os jogos", conta.
E a Heloise, 5 anos, contou um pouco sobre a história dela com o Coritiba. "O meu pai assiste o jogo comigo e me deu vários presentes. Um deles um coração do Coxa", fala Heloise. A pequena ainda disse sobre os jogos mais marcantes e o ídolo dela: "o jogo que eu mais gostei foi contra o Atlético. Meu ídolo é o Alex e quero jogar no Coxa", Heloise.
Vídeo: História do Eder e da família com o Coritiba. Créditos: Acervo Pessoal. Edição: Luis Felipe Sanzovo
Sonho
Quando não é no estádio é em casa. Sempre acompanhando o Verdão. "A gente marca aqui com uns amigos e assiste aos jogos", conta Eder. Depois revela o maior sonho: "meu grande sonho é ver o Coxa campeão brasileiro! Ou se classificar para uma Libertadores. Ver o time ser campeão que brigue nas cabeças. Se o Coxa for campeão brasileiro fico uns três dias sem dormir, faço um fervo!", promete feliz.
Sonhos, lembranças, gols e jogos. Elementos de uma paixão que marcou gerações. Futebol de pai para filho. No passado e agora no presente!
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