Perfil - Gustavo Portes
- Luis Felipe
- 15 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
O gosto pelo futebol pode ser de família. Quando os avós, tios, irmãos e o pai tiveram ou tem contato com o esporte, aí é questão de tempo para o futebol encantar mais um membro da família. E não foi diferente com o Gustavo Marçal Portes. Aos 12 anos tem uma bela história com o futebol. Uma trajetória com algumas surpresas, lembranças e muitas conquistas.

Foto: Gustavo com troféus e medalhas. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Como o futebol é uma paixão de família, Gustavo teve contato com ele logo cedo, aos 5 anos. "Desde pequenininho gostava de bola. Aos 5 ele já brincava na escola. Então, a escola participou dos jogos estudantis, em Ponta Grossa. E ele participou do time sub-7, aos cinco anos", conta José Marçal, 54 anos, pai do Gustavo.
Além do futebol, Gustavo pratica outros esportes. São eles: basquete, handebol e futsal. A família é o principal suporte de Gustavo. O pai é um dos maiores incentivadores. "Sou aposentado e continuo trabalhando. Metade do dinheiro da minha aposentadoria vai para uma poupança para ajudar na carreira dele", diz Marçal.
A mãe de Gustavo, Rosane Portes, 49 anos, completa esse "time". "Eu amo esporte. Onde dá para acompanhar, a gente vai atrás dele. No que ele precisa, a gente apoia, em tudo", nos conta Rosane. Orgulhosa do filho, a mãe está sempre na torcida pelo
filho, seja pessoalmente, ou buscando os resultados dos jogos pela internet.

Foto: Gustavo junto com os pais. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
A posição em campo que Gustavo joga já rendeu boas histórias. "Ele jogava de meia-armador. Então, ele foi disputar um campeonato de futsal, mas o goleiro foi na primeira partida não compareceu na segunda. Assim, o professor perguntou quem jogava no gol. Ele, que nunca jogou na posição, levantou a mão. E fechou o gol! O técnico do Marista (de Ponta Grossa) o observou e chamou ele para o time", relata Marçal.
Para a mãe, a posição de goleiro é motivo de uma pequena preocupação. "A gente sofre muito, né. Nós queremos que o time dele vá para frente e faça gols, mas quando vem para o nosso lado é terrível. Quando ele leva gol ele sofre e nós sofremos juntos", nos conta Rosane.
Já o pai, como já foi goleiro, aproveita para dar conselhos para o filho e também corrige, quando necessário. "Ele vai ensinando as coisas, mas também mostra o que errei", fala Gustavo, sobre o pai - que também incentiva o filho nos estudos. "Os estudos em primeiro lugar", Marçal.

Foto: Gustavo com as luvas que usa. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Carreira
Apesar da pouca idade, Gustavo tem uma longa trajetória. Já aos cinco anos atuou como meia e, aos 10 anos, foi para o gol. O primeiro time dele foi a da Escola Rosazul. Quando completou 9 anos de idade foi para o Marista (futsal), paralelamente, já treinava na base do Operário (Clube de futebol de Ponta Grossa). Atualmente, Gustavo está na base do Paraná Clube, no time Sub-15. E treina na equipe do Atlético-PR/NB Futsal, ambos em Curitiba.
Quando o assunto são os jogos marcantes, Gustavo faz uma lista. "Marista contra o Atlético Paranaense, que ganhamos por 4 a 2, em Cascavel (PR). As finais dos Jogos Estudantis Municipais, em Ponta Grossa, e as finais do Campeonato Paranaense de Futsal".
Gustavo nos conta como lida com a pressão que a função de goleiro exige. "Eu penso que a primeira bola é a que define o jogo. Se eu pegar ela, me dá uma confiança", diz.
Com tantos esportes a agenda do Gustavo é bem apertada. De 15 em 15 dias, Gustavo vem para Curitiba treinar no Paraná Clube. "Eu saio da aula, meus pais me levam para a rodoviária de Ponta Grossa e pego o ônibus. Encontro com familiares em Curitiba e eles me levam aos treinos. Quando acabam os treinos, vou para a rodoviária. É cansativo, mas vale a pena", relata Gustavo. Conciliando os treinos no Marista (futsal) também, que são três dias por semana
Vídeo: História do Gustavo. Créditos: Luis Felipe Sanzovo e Acervo da família
Ele nos conta as maiores conquistas. "O destaque do Paranaense. Um quarto lugar com o Marista, no Paranaense de 2016 e a convocação para a Seleção Paranaense de Futsal. Eu estava treinando, quando cheguei em casa, minha mãe falou que eu tinha sido convocado. Eu fiquei feliz, eu nem esperava que eu fosse um dos melhores do Paranaense!", completa Gustavo, sempre feliz em recordar está história.
A inspiração para todos esses feitos vem dos ídolos. "Weverton, goleiro do Atlético Paranaense e o Danilo, lendário, goleiro da Chapecoense", conta Gustavo.
Assim, com muita inspiração e dedicação, Gustavo vai buscando o sonho dele. A paixão da família pelo futebol é o que lhe motiva. Esse sentimento que vem desde pequeno deu origem à uma bela história, fazendo com que até mesmo os quilômetros de rodovias, se tornem pequenos perto dela!
Comments