Torcedora mirim paranista - Fabielly
- Luis Felipe
- 1 de abr. de 2017
- 4 min de leitura
Uma das frases mais marcantes quando o assunto é futebol é a tradicional: "não é só um esporte". Mas, o que é "não ser só um esporte?". Inúmeros exemplos estão por ai, trouxemos alguns aqui também. No entanto, o que mais impressiona, é como isso acontece da maneira mais simples e pura. Para o jogador, um gol que fez é o ápice da felicidade dele, mas para os torcedores, tem um significado profundo e transformador! Um gol é esperança. Foi assim com a Fabielly Felchner, 9 anos.

Foto: Fabielly e a paixão pelo Paraná Clube, Créditos: Luis Felipe Sanzovo
A história com o Paraná Clube, na família Felchner, é antiga. Passou de geração em geração. "Meu avô foi jogador do Aguá Verde. A partir de 2005, ele começou a me levar para o campo. Do Durival Britto até o Pinheirão. Eu gostei e nunca mais larguei", conta Fabbiana Felchner, tia da Fabielly.
E mais do que isso, Fabbiana seguiu o exemplo do avô e levou os sobrinhos para o estádio. "Eu levei o meu sobrinho para o estádio. Ele conheceu vários jogadores. No mesmo tempo em que eu levava ele, eu levava ela. Do vô até o bisneto tem que ser paranista", diz Fabbiana sobre o papel dela como incentivadora. A família é quase toda paranista, menos a mãe da Fabielly - que confessa que já vestiu a camisa do Paraná para a alegrar a filha Fabielly.
Com a ajuda da tia, a Fabielly não demorou muito para conhecer um estádio. Com 3 meses de idade, ela fez a estreia e teve o primeiro contato com o Tricolor da Vila. Foi em 2008, no jogo contra o Corinthians. A partida não foi boa para o Paraná: o time perdeu para o Corinthians, por 2 a 0, mas para a pequena torcedora era o início de uma paixão, que vai além das arquibancadas.

Foto: De geração em geração. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Um exemplo disso é o Roger Felchner, 16 anos, irmão mais velho de Fabielly. "Depois que eu entrei na escolinha, que eu frequentei a Vila Capanema, foi como se fosse a minha segunda família. Fiz amizades, conheci pessoas novas, tive várias alegrias com as vitórias e tive algumas tristezas com as derrotas. Isso fez com que a gente seguisse em frente e continuasse torcendo. Não virei aquele torcedor que ia no campo uma vez e criticava o time por uma derrota, mas sim o que falasse: vamos, para cima, vamos seguir em frente, vamos ser campeão. Foi a emoção de felicidade, de amor", nos conta Roger.
Existe uma lembrança dos irmãos e que simboliza um pouco do sentimento da família pelo clube: "um dia teve o jogo que estava chovendo, eu era pequeno. A minha irmã tinha ido no campo comigo. Entramos no campo, quando estávamos voltando, eu tava correndo mais rápido. Então, peguei ela no colo e tiraram uma foto. Foi a parte que mais gostei", comenta Roger sobre as lembranças dos jogos com a irmã.

Foto: Roger e Fabielly. Na partida do Paraná contra o Fortaleza. Em 2009. Créditos: http://www.futebolparanaense.net/ e Geraldo Bubniak
"É bom uma história grande como essa e esse clube fez sucesso aqui na família", nos diz Janderson, 8 anos, irmão mais novo da Fabielly. Ele também, assim como o irmão, sonha em jogar no Paraná. "Eu adorava quando ele treinava (Roger). Eu falava 'faça um gol que esse daí vai ser para mim", comenta Janderson sobre a relação dele com o Tricolor da Vila.
Capítulo Especial
Foi a Fabielly que protagonizou um capítulo especial dessa história da família Felchner com o Paraná Clube. Quando era mais nova, a Fabbiely teve depressão e o Tricolor teve um papel fundamental nesse momento. "Foi o que levantou ela para cima. Eu agradeço o Paraná e isso não tem quem pague", relata Fabiana.
De gols dedicados até camisas ganhas. O carinho do Tricolor com a pequena torcedora foi imenso. "Eu fui no treino e conheci o Douglas Packer. Ele me pediu para ir no jogo e eu fui, entrei com ele. Ele me disse 'espere, porque vai ter um gol para você'. Foi lá e ele fez o gol e um coração", nos conta Fabielly.
Outro jogador que teve um papel especial foi o Luciano Castán. Ele deu uma camisa para ela e, com isso, é o ídolo da torcedora mirim. Assim como Anderson, que também deu uma camisa, que fez uma entrevista junto com ela. Ricardo Conceição foi outro jogador que teve um papel importante na recuperação da Fabielly.

Foto: Poster da Fabielly junto com o ídolo dela, o Luciano Castán. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Apesar de nova, Fabielly já tem várias entrevistas e participações "no currículo". "Já apareci no Globo Esporte, por causa do Anderson e ganhei a camisa dele. Na CNT, representei o Paraná junto com um menino. Nós representamos o clube no especial do Dia das Crianças. Já participei da 98 FM, por causa do Anderson também, nos diz a torcedora mirim.
E o maior sonho da família? Ah, não podia ser outro! Todo mundo junto para ver um título do Tricolor da Vila. Seria mais um belo capítulo para uma história linda. Isso mostra como os jogadores e o time podem mudar histórias. Pequenos gestos e significados enormes!
Vídeo: História da Fabielly com o Paraná Clube e as camisas da família. Créditos: Luis Felipe Sanzovo
Gostou da história da Fabielly com o Paraná? Conhece uma história de um torcedor mirim? Envia para a gente que vamos contar ela aqui no blog!
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