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Projeto Parolin: o futebol driblando a violência e construindo sonhos

  • Luis Felipe
  • 30 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

Jaqueline sempre esteve ligada com o futebol, seja jogando, como foi durante a juventude, ou passando essa paixão para as crianças e adolescentes, como faz atualmente, no Projeto Parolin. Esse é um sonho realizado para Jaqueline e uma oportunidade para várias crianças e adolescentes.

Foto: Crianças durante o treino no projeto. Créditos: Luis Felipe Sanzovo

Algo muito comum ao navegar na internet, são posts que mostram histórias bonitas relacionados ao futebol. Junto com eles, a frase “não é só futebol” até pode parecer um clichê, mas ao conhecer a história da Jaqueline Teodoro, 38 anos, e do seu projeto no bairro Parolin (Curitiba-PR) pode-se ver que realmente não é só futebol. É muito mais.


A relação da Jaqueline com o futebol vem de longa data, na sua adolescência, por volta dos 14 anos, quando jogou em vários clubes amadores e também pelo Atlético-PR e Paraná Clube. Participou do Campeonato Paranaense e do Metropolitano, porém, aos 18 anos parou de jogar. Ainda assim, não se afastou do futebol e começou a desenvolver um projeto na comunidade onde vive.


Sabendo da dura realidade do lugar, onde a violência é parte da rotina dos moradores, o objetivo era tirar os meninos da rua e colocá-los para praticar o esporte, tranquilizando pais que sabiam onde seus filhos estavam e que estava tudo bem com eles. “Eu senti o desejo de trabalhar com futebol na minha comunidade, no Parolin, onde eu via que era propício para os meninos entrarem para o tráfico”, conta Jaqueline.

Foto: Jaqueline, idealizadora do projeto, acompanhando os treinos, na Cancun Sports. Créditos: Luis Felipe Sanzovo

Estava dado o primeiro passo para um dos “gols mais bonitos” da Jaqueline. O projeto, que está com 18 anos, ao longo desse tempo já atendeu várias gerações. Atualmente atende ao todo 44 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Além do futebol, também são passados outros ensinamentos as crianças, como princípios cristãos (temas bíblicos relacionados ao dia a dia), valores e noções de disciplina.


Apoiadores

A Igreja Batista do Parolin é uma das parceiras de Jaqueline no projeto, financiando a quadra onde as crianças praticam futebol e também cedendo o espaço no qual é feito o discipulado. “Nessa atividade é quando a gente consegue passar os princípios e valores para eles”, afirma Jaqueline.


O projeto funciona aos sábados. Começa às 14 horas com o discipulado e depois começam os treinos na quadra. Eles são divididos por faixa etária: as crianças do Sub-7 treinam até 15h40 e depois inicia o treino do Sub-12 que vai até 16h40.


Nos treinos são trabalhados aspectos físicos, táticos e, para finalizar, um coletivo onde são divididos em times para jogar, tudo com um auxílio de uma equipe de pessoas, que ajudam na quadra e também na distribuição de lanches para as crianças e adolescentes. Também são realizados jogos com outras equipes.

Vídeo: Um dia no Projeto Parolin e um desafio futebolístico com os integrantes. Créditos: Willian Bruno


O projeto já rendeu bons frutos. Algumas crianças que estavam mal na escola, melhoraram as notas e o comportamento. Jaqueline ainda confidencia dois desejos relacionados ao projeto. “Meu objetivo é ter um complexo de barracões com várias modalidades de esportes voltados para as crianças”, releva.

Foto: Crianças e adolescentes jogando futebol, durante o projeto. Créditos: Luis Felipe Sanzovo.


E por fim, seu outro desejo é, depois que o projeto se estabelecer e outras pessoas puderem continuar ele, Jaqueline gostaria de expandir o projeto internacionalmente. “Quero ir para o Peru ou para a Bolívia, fazer trabalhos voluntários lá em prol das crianças”, aspira Jaqueline.


Essa é mais uma daquelas histórias, que mostram como simples atitudes podem transformar vidas. Jaqueline acreditou no seu objetivo, buscou parcerias para realizá-lo e hoje faz parte da vida de várias crianças e adolescentes.


Sua maior lição vem nessa frase: “uma coisa que a gente ensina a eles é sonhar”, afirma Jaqueline. E assim, sonhando e jogando bola, eles vão driblando uma realidade de violência e buscando seus objetivos na vida.


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